segunda-feira, 3 de abril de 2023




Professor e vigilante são presos por armazenar material de exploração sexual infantil, diz polícia

Agentes da Polícia Civil apreenderam computadores nas casas dos suspeitos para uma perícia mais detalhada. Em alguns celulares, havia centenas de imagens de pornografia infantil.


Dois homens foram presos, nesta quarta-feira (29), pelo crime de armazenamento de cenas de exploração sexual infantil. Os suspeitos de 38 e 39 anos foram presos, respectivamente, em Anápolis e em Goiânia. Um deles é professor, de crianças e adolescentes, em mais de uma escola da capital, e o outro é vigilante.


Em entrevista ao POPULAR, a delegada Marcella Orçais, da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), revelou que foram realizados mandados de busca e apreensão em 4 endereços, sendo 3 na capital e um em Anápolis. Em dois desses endereços, foram apreendidos celulares com cerca de 200 arquivos de exploração sexual infantil, explicou Orçais. Os proprietários destes aparelhos foram presos em flagrante. Em outro desses locais foram apreendidos aparelhos para perícia mais profunda.


Em depoimento, o vigilante não confessou o crime e não forneceu informações relevantes à investigação. O professor confessou o armazenamento mas negou o compartilhamento dos arquivos e quaisquer práticas de pedofilia.


Ao todo, foram quatro mandados de busca e apreensão, três em Goiânia e um em Anápolis. Nos dois endereços onde a polícia encontrou celulares com arquivos de exploração sexual infantil, os donos dos aparelhos foram presos em flagrante. Num terceiro endereço, foram apreendidas máquinas para perícia mais profunda. Em um dos locais, nada de relevante à investigação foi encontrado.


A investigação da DRCC chegou nos endereços relatados através de investigações feitas em parceria com a Polícia Federal e a embaixada dos Estados Unidos. A delegada revela que existe um órgão mundial de repressão à exploração sexual infantil ligado às grandes empresas da rede mundial de internet, nos Estados Unidos. A PC chegou nos endereços em questão com auxílio dessas informações.


A identidade dos suspeitos não foi divulgada e por esse motivo O POPULAR não conseguiu contato com a defesa. Ambos suspeitos seguem presos na delegacia de crimes cibernéticos.



A legislação
Durante a entrevista, Orçais critica a legislação que torna crimes dessa natureza como fiançáveis, em certas ocasiões. A delegada exemplifica: um crime de fraude eletrônica, por exemplo, pode alcançar uma pena de até 8 anos de prisão, enquanto o armazenamento de cenas de exploração infantil pode chegar aos 4 anos. “Um crime de até quatro anos de prisão, ele é passível de fiança, se a pessoa não tem passagem…” , resume o anseio.


A esperança é que os projetos de lei que circulam no congresso prevendo o aumento dessa pena sejam aprovados, evitando a soltura de pessoas presas por crimes dessa natureza.


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